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#20- Tulipa, de novo e diferente

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Semana passada fiz o download do “Tudo Tanto”, novo álbum da Tulipa Ruiz. E, vou colocar aqui minhas impressões, e não necessariamente uma crítica, apenas considerações de uma ouvinte, junto com a dica:  baixe aqui e O-U-Ç-A!

Para começar confesso que demorei um pouco para acostumar com as novas músicas, mas a voz da cantora ainda me encanta muito, e justamente por isso, tentei ouvir mais algumas vezes. Além disso, li críticos (de verdade) compararem o segundo disco com o anterior, e discordo.

A única coisa que ainda me estranha é a escolha de “É” para a abertura do álbum, espero em breve, entender o porquê dessa e não de outra canção. Mas, fico feliz em perceber aos poucos como o álbum se vai, entre novos arranjos, com violinos ou bossas.

Minhas considerações em destaque estão em “Dois Cafés”, com participação de Lulu Santos, resultando em uma música realmente boa, de letra bonita e harmoniosa.  E, também para “Víbora”, diferente de tudo que tinha ouvido dela, que me faz lembrar Gal logo de cara, e ver uma Tulipa mais forte e bonita. –ah, as respirações que se pode ouvir nessa música é do rapper Criolo.

O problema de baixar coisas novas, é que infelizmente procuro características antigas. Com o primeiro álbum, “Efêmera”, Tulipa obteve reconhecimentos como Melhor Cantora do prêmio Multishow, e Melhor Álbum de 2010, eleito pela Rolling Stone. O que por si só é mais uma curiosidade, e não justifica o meu gostar.

Agora, é esperar para ver o que virá por meio do “Tudo Tanto”. Pois, com músicas mais elaboradas, pude descobrir aos poucos que ela ainda está ali. A mesma Tulipa, com uma base diferente, me fazendo pensar: “Ainda bem não é? Que graça teria ouvir um disco igual ao outro?”

Mais Tulipa: o Estadão divulgou anteontem a matéria “Quer me baixar? Me baixa com dignidade”, sobre as relações entre o novo álbum, o download gratuito e até a crítica, não necessariamente especializada, mas por pessoas como eu e você.

Bjs,
Marina Filippe.

#14- A digitalização da música

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Quase um ano atrás fiz um trabalho sobre a digitalização da música, e por serem muitas páginas não vou colocá-lo na íntegra, mas pode ser que você se interesse pelas minhas considerações finais, determinados após um histórico dos suportes para se ouvir música, a industria fonografia x pirataria e por fim, a produção independente.

Vale ressaltar, que essa é a maior das postagens até o momento e apesar do tom um pouco mais formal, não é nada muito pesado que não possa ser lido em blogs.

“Após traçar a história da música, a evolução dos aparelhos de reprodução e até mesmo a modificação entre produção e consumo da mesma pude entender que muitas vezes o trabalho de um músico não é reconhecido financeiramente. Sendo esse um risco sábio também dos iniciantes. Todos querem ser reconhecidos pelo trabalho que fazem, ninguém produz música para guardá-la em uma K7. Assim, por meio de tantas produções (na maioria independente) a divulgação efetiva é a característica diferencial.

Alguns músicos não disponibilizam seus arquivos de maneira paga, para esses, a maior forma de retribuir é divulgar. Outros, não consideram a divulgação gratuita uma forma válida, acreditando em incentivos fiscais e outras maneiras de se lucrar, ao exemplo dos sites especializados.

Podem se passar muitos anos, mas dificilmente uma lei conseguirá organizar toda a distribuição da música, vista que essa está sendo feita em escala global. Os arquivos baixados para consumo próprio não devem ser criminalizados. Ouvir aquilo que se gosta deve ser um livre ato de prazer, com direito de escolha na forma em que se colabora, com o artista/produtor. Por outro lado, a pirataria está presente nas ruas, quando em toda esquina encontramos vendas indevidas de trabalhos baixados na internet. Sabendo-se que os produtos vendidos dessa forma não revertem lucro para os criadores.

A pirataria existe sim, e deve ser combatida de forma coerente, mas isso só acontecerá quando estiver totalmente definido o que é a divulgação de trabalhos, hábitos de uma geração ou venda e abuso da criação do outro.

Dessa maneira, o pressuposto se torna uma certeza, ao passo em podemos identificar a diminuição da pirataria. Pois, se um artista disponibiliza seu trabalho por vontade própria, este não está se auto-pirateando, do mesmo modo em que o usuário de downloads gratuitos não é considerado criminoso se não reproduzir esse arquivo em eventos de grande porte, que necessitem de direitos autorias, e nem mesmo vender o produto do outro. Além do mais, a compra de arquivos na internet facilita o uso do mesmo, por poder ser ouvido em computadores, celulares, iPodes e outra recentes tecnologias.”

Essa é apenas uma página de um tema que me interessa muito. Tenho prazer em realizar pesquisas na área, e acredito na importancia de saber o que consumimos. Assim como o modo com que os outros consomem.
Espero que tenham gostado, e que se interessem por futuras publicações do gênero.

Bjs,

Marina Filippe.

#08- Garagem Aberta: o independente depende

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Antes de começar com esse blog eu já escrevia para outros dois. O primeiro foi o garimpo de que – estou praticamente fazendo o velório desse -, o segundo é o Garagem Aberta, bem mais atualizado, com postagens no mínimo semanais.

O site Garagem Aberta reúne informações sobre os artistas independentes de Jundiaí e Região e deriva do Coletivo Garagem Aberta (CGA), formado por artistas, designers, jornalistas, etc. etc.  Toda essa turma, age com a intenção de promover a cena local, favorecendo o trabalho autoral, sempre de forma coletiva. 

Não entendeu? É o seguinte, você tem uma banda, não toca cover e ninguém quer ver seu show. Então, o CGA vai arrumar um lugar para você tocar com outras bandas, mostrar o seu trabalho. Em troca, você não fica de mão abanando, afinal ninguém lá é milionário, não tem casa de show e não é seu produtor. Logo, você também pode colaborar! Sabe desenhar? Então faça o flyer do evento! Não sabe fazer nada? Nem divulgar em rede social? Chamar os amigos? Eu duvido!

Toda produção independente depende: de gente, local, instrumento e vontade. Ser independente está mais para fazer sem empresas e/ou meios de grande porte que, na maiora das vezes, repreendem a concepção artística. Mas, não significa fazer sozinho.

Além do site, o CGA tem um canal no youtube (o primeiro veículo de divulgação), tem fan page e programa às 16h do sábado, na TV Rede Paulista. A única coisa que ainda precisa ter é mais gente que realmente queira apoiar uma cena, ao invés de achar um show com cinco bandas por R$ 10,00 é algo caro, ou uma demo por R$ 2,00 (por esse preço você nem pega ônibus). Ah, e mais uma coisa, você não apóia ninguém fazendo o seu show independente e indo embora antes que as outras bandas toquem. Preciso ser mais clara?

Quer participar? contato@garagemaberta.com

Bjs,
Marina Filippe.